sexta-feira, 8 de junho de 2012

Li esse texto revista Visão Missionária - Ano 90 - Número 2 - Abril a junho de 2012. Achei legal e por isso resolvi compartilhar com meus amigos... Uma forma também de homenagear nossos queridos pastores por seu dia...



Pastor não é pastor por acaso (por Norma Penido)

Pastor não é pastor por acaso, ou em vão
Ele é um escolhido, entre muitos o preferido
Para exercer na terra uma sublime missão...
Pastor não é pastor por opção ou por vontade
Não é por herança, conveniência ou emoção
Nem pela aparência, simpatia ou instrução
É mais que isto! Ser pastor é ser eleito por Cristo
E todo pastor quando por Deus é chamado
Com temor e tremor ele toma o seu cajado
Renunciando sua vida, seus sonhos e ideais
Para levar seu rebanho às mansões celestiais
Ele é o sal da terra e torna o mundo diferente
Através de suas atitudes santas e transparentes
Ele cuida das ovelhas e por elas tem tanto amor
Que as defende bravamente do lobo tentador
Pastor não “vira” pastor, ele passa por uma seleção
Que é realizada no céu e ouvida no seu coração
Porque somente Deus, pela grandeza do seu reino
É capaz de escolher um homem falho e pequeno
E fazer dele um ministro, o mensageiro da salvação
Que honra e dignifica esta tão gloriosa missão...
Pastor não é pastor por acaso! É farol que ilumina
Luz que na escuridão da noite, brilha e ensina
O caminho certo ao que não tem a direção
Ele é desejado, pois ainda no ventre foi separado
Para semear o amor em todos os dias seus
Porque um pastor, não é pastor por acaso
Ele foi gerado, dentro do coração de Deus...

Veja o blog da Norma:
http://normapenido.blogspot.com.br/

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Resenha literária: O Estilo de Liderança de Jesus

Queridos leitores, tive a doce missão de fazer uma resenha sobre o livro "O ESTILO DE LIDERANÇA DE JESUS" do Dr. Michael Youssef, e gostei tanto que resolvi publicar aqui no blog e compartilhar com vocês. Espero que gostem da resenha e que tenham vontade de ler o livro.

No amor de Jesus Cristo, o maior líder que já existiu, seu amigo Anderson F Pinto.

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FABAT – FACULDADE BATISTA DO RIO DE JANEIRO
RESENHA RESUMO DE OBRA LITERÁRIA

Trabalho apresentado como requisito parcial da disciplina Culto Cristão I, sob a orientação da professora Westh Ney Rodrigues Luz.

Rio de janeiro, junho de 2012.

Características

Título do Livro: O ESTILO DE LIDERANÇA DE JESUS – Como desenvolver as qualidades de liderança do bom Pastor
Autor: Michael Youssef
Editora: Betânia
Paginas: 168
Formato: 13,5 x 21

Sobre o Autor

Michael Youssef é fundador e presidente da "Leading The Way with Dr. Michael Youssef" (Conduzindo o caminho com o Dr. Michael Youssef), um ministério mundial que busca mostrar o caminho da luz de Cristo, para as pessoas que vivem na escuridão espiritual, através do uso criativo da mídia e no campo com equipes de ministério. Seus programas de televisão semanais e programas de rádio diários são transmitidos em 20 línguas e visto em mais de 200 países. Ele também é o pastor fundador da Igreja dos Apóstolos em Atlanta, Geórgia.
Dr. Youssef nasceu no Egito, viveu no Líbano e na Austrália antes de ir para os Estados Unidos. Em 1984, ele realizou o sonho de infância de se tornar um cidadão americano. Ele é formado pelo Moore Theological College, em Sydney, Austrália, fez mestrado no Fuller Theological Seminary, na Califórnia. Também em 1984, obteve o título de Ph.D. em antropologia social pela Emory University. Ele é autor de mais de 20 livros, incluindo o mais recente, "A grande mentira". Ele e sua esposa residem em Atlanta e tem quatro filhos e três netos.

Sinopse e Apresentação

“A igreja hoje corre sérios riscos ao olhar para o mundo em busca de modelos de liderança. Modelos onde imperam o abuso de poder e a manipulação.” (Paul G. Hiebert).
Os líderes sejam eles pastores, ministros, educadores religiosos ou até mesmo líderes seculares, podem aprender através de Jesus, a como cuidar melhor do seu rebanho, de seus liderados. Partindo de estudos e exemplos dos evangelhos bíblicos, o autor, trás o maior e melhor modelo de liderança, Jesus Cristo, mostrando características que todo líder que deseja ser bem sucedido, precisa ter, além de mostrar como devem se comportar diante de situações tão comuns, como a solidão, o ego, as pressões, as tentações e também a hora de eleger um novo líder.
O livro é dividido em cinco partes, são elas: Origens da liderança, Qualidades da liderança, Tentações da liderança, Problemas da liderança e O futuro da liderança.

Resumo dos Capítulos I, III e XVIII

Capítulo I – A Necessidade de Confirmação
           
A primeira parte, Origens da Liderança, traz dois capítulos, falarei um pouco sobre o capítulo I, que traz como título “A Necessidade de Confirmação”. Nesse capitulo, o autor destaca a necessidade de confirmação acerca de uma liderança, “muita gente afirma ser isto ou aquilo”, mas “é preciso prová-lo”.
            Usando o exemplo de Jesus, o autor destaca que ele precisou “comprovar sua condição antes que outros o seguissem”. O autor diz que “depois que alguns o reconheceram... passaram a testemunhar e a confirmar sua messianidade.”.
            Para exemplificar essa necessidade de confirmação, levantada pelo autor, ele destaca situações descritas nos evangelhos que testemunham e confirmam a liderança de Jesus Cristo. São ao todo sete testemunhas, que destaco em negrito, vejamos: O Pai, o evangelho de João nos diz “O Pai que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim” (João 5.37), em Mateus lemos “Este é meu filho amado em quem me comprazo” (Mateus 3.16 e 17). “Cristo não se autoproclamou líder. Sua liderança teve início com a mais importante das testemunhas – mas não foi só isso.”. João Batista cumpre dupla função, a de preceder Jesus Cristo preparando seu caminho e “confirmar ao mundo a identidade de Jesus Cristo”. No evangelho segundo escreveu João, encontramos a seguinte declaração: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1.29). O Próprio Cristo usa a si mesmo como testemunha, no evangelho escrito por João encontramos vários textos que deixam isso claro para nós, “Mas eu tenho maior testemunho do que o de João”. (João 5.36), “Eu e o Pai somos um” (João 10.30), “pois sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10. 33). Mais tarde ele disse também que, se as pessoas o tivessem visto, teriam visto o Pai também (João 14.7). O Espírito Santo, os evangelhos escritos a cerca de Jesus dizem que “a presença do Espírito Santo deu a Jesus autoridade para falar e realizar milagres” (Mateus 7.22.29; Marcos 1. 22,27; Lucas 4.36). As Escrituras, “o antigo testamento confirma o ministério de Jesus. Profetas anunciaram sua vinda, seu ministério e morte”. O próprio Jesus disse aos líderes judeus que o contestavam: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo não quereis vir a mim para terdes vida”. (João 5.39,40). Milagres, O ministério de Jesus se autoconfirmou através dos milagres que realizou. O Evangelho de João se refere a eles como “sinais”. É importante destacar que embora os tenha realizado, para fins e propósitos específicos, os milagres não conferiam a ele um ar exibicionista, pois em muitas situações recomendava aos “curados” que nada dissessem aos outros. Jesus disse: “Eu não aceito glória que vem dos homens” (João 5.41). E por fim, os Discípulos. Eles “acompanharam Jesus durante todo seu ministério na terra. Viram o que ele fazia, ouviram seus ensinamentos e creram nele”. Pedro, disse: “Tu tens as palavras da vida eterna” (João 6.68).
            Finalizando o capítulo I, ao autor faz uma explanação de como são os líderes atuais e os compara ao estilo de liderança de Jesus. Ele cita: “Nós, líderes de hoje, certamente não lideramos com as mesmas qualificações excepcionais de Jesus Cristo”. Mas ressalva que podemos aprender os seus princípios e aplica-los hoje. Os líderes que se levantam em nossas igrejas precisam ser confirmados, pelos membros, pelo conselho, pelo pastor, mas também precisa ser confirmado pelos de fora, como pelo seminário ou escola onde esse líder deverá ser formado, pelos concílios pastorais e ministeriais e por pessoas que de alguma forma possam endossar essa liderança. “A necessidade de confirmação é um requisito indispensável a qualquer tipo de liderança. Nos negócios, na igreja, em casa, ou em qualquer outro ambiente, as pessoas precisam conquistar o direito de liderar.”.

Capítulo III – O Líder como Pastor

            O capítulo três é iniciado por uma história muito interessante, o autor conta a respeito de um grande executivo, diretor de uma importante instituição bancária e como ele lida com os funcionários no dia a dia. Ele os conhece pelo nome, não apenas pelo nome, mas os conhece como pessoa. Após o almoço, saindo do refeitório dos executivos, ele cumprimenta a recepcionista e pergunta por seu marido, sabendo ele que o marido estava enfermo, no elevador conversa com outros funcionários, também os chamando pelo nome e perguntando por suas famílias. Ele concluí, dizendo que esse líder lembra a figura do “bom pastor”, destacada por Jesus em João: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (João 10.14-15).
            No decorrer do capitulo, o autor nos conta um nova história, agora com sentido totalmente oposto. Ele estava visitando uma igreja e ao final do culto foi convidado pelo pastor, para junto com ele, estar à porta para despedir os irmãos. O pastor, sorridente, saudava a cada irmão que passava por ele com um cordial “como tem passado?”, porém antes mesmo que alguém tivesse tempo de responder ele já concluía dizendo “Ah, muito bem” já estendendo a mão para o próximo da fila. Logo, passava pelo pastor uma senhora baixinha de fisionomia bastante triste, que respondeu a saudação “padrão” do pastor em voz bem baixinha dizendo que naquela semana seu marido havia passado mal, teria sido levado de ambulância para o hospital e que ainda estava na UTI. Porém o pastor, com a mesma frieza e alegria respondeu: “Sim, é muito bom vê-la aqui esta manhã”. O autor conta que não sabia o que fazer, tentou concertar perguntando aquela senhora qual era o nome do marido e dizendo que estaria orando por ele pelos próximos dias. Ele diz que foi embora com uma impressão muito diferente da que tinha em relação ao banqueiro. Mais uma vez, a importância de que o pastor (líder) conheça suas ovelhas (liderados) é levantada pelo autor.
            “Quando Jesus falou sobre seu relacionamento com suas ovelhas, deu a impressão de saber muito mais do que os seus nomes. Para Jesus, conhecê-las significa amá-las.” O estilo de Jesus é conhecer intimamente suas ovelhas. “Líderes que só se preocupam com estatísticas nem chegam perto do estilo de liderança de Jesus.” “Ele é o Bom Pastor. Amar as ovelhas é o seu estilo.”.
            Como conteúdo prático, destaco duas frases chaves, que por si só resumiriam todo o capítulo três, são: BONS PASTORES CONHECEM SUAS OVELHAS; BONS LÍDERES CONHECEM SEUS SEGUIDORES.

Capítulo XVIII – Transformando Seguidores em Líderes

            A última parte do livro trata do futuro da liderança, no capítulo dezoito o autor nos alerta para a necessidade do líder, formar sucessores competentes e capazes de dar continuidade ao trabalho.
            Jesus, ao fim de seu ministério, preocupou-se em alertar seus discípulos sobre sua breve partida, relembrando seus ensinamentos e dando toques do que haveriam de enfrentar no futuro. Muito do que ele disse, só pôde ser compreendido por seus discípulos após sua partida. Um dos princípios básicos que Jesus nos mostra é que “O LÍDER TREINA OUTROS, QUE SE TORNAM LÍDERES, QUE, POR SUA VEZ, TREINAM OUTROS.”.
Precisamos entender que não viveremos para sempre, por tanto, um bom líder também é aquele que prepara novos líderes, que darão continuidade ao trabalho. E esses, não apenas farão bem como seu mestre ensinou, mas às vezes até superarão seus líderes. Jesus sabia disso e assim trabalhou com seus discípulos; no evangelho segundo escreveu João lemos: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.” (João 14.12.).
Esse princípio é bíblico, nos lembra o autor, ele cita os exemplos de Josué, que aprendeu com Moisés e quando esse morreu, liderou o povo em seu lugar. Elias foi outro que soube preparar sucessor, quando foi elevado ao céu, Eliseu tornou-se o principal profeta em Israel. Também Paulo, tinha essa preocupação em treinar outros e fazer discípulos; em várias de suas viagens missionárias levava consigo alguns dos convertidos, que dizia, “seriam úteis em seu ministério”, como João Marcos, Timóteo, Priscila e Áquila (Atos 18.2,26) que mais tarde também discipularam Apolo (Atos 18.24-26).
Este é o ponto alto: "ensinar os liderados de modo que, a seu tempo, eles possam também ensinar a outros." Paulo escreveu a Timóteo: “E o que de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Timóteo 2.2). "É assim também que a liderança deveria ser transmitida nos negócios, na igreja e na família.".
Outro ponto bastante relevante do capítulo, são os métodos para a preparação de líderes usados por Jesus, um deles diz respeito ao ensino através do exemplo. O autor nos alerta para o fato de que “Os estudantes absorvem, no mínimo, tanto do caráter e estilo de vida dos seus professores quanto das suas palavras.”, muitos educadores inclusive defendem a ideia de que a pessoa do educador comunica muito mais do que qualquer ensinamento que esse transmita. O autor usa um exemplo que julgo bastante relevante, ele diz: “a verdade é a verdade, independente de quem a diz. Mas a verdade vem vestida com a personalidade do mensageiro.”, o que somos e fazemos, fala muito mais do que nosso discurso. Uma dica prática do autor é: “Lealdade e sinceridade são qualidades básicas para quem deseja ser exemplo para futuros líderes.”.
Por fim, ele conclui o capítulo e consequentemente o livro, enfatizando a necessidade de instruir os outros, fazendo que se tornem líderes e trenem outros que por sua vez também se tornarão líderes, usando mais uma vez o exemplo de Jesus, que multiplicou por doze sua capacidade, treinando discípulos, que mais tarde dariam continuidade ao seu ministério, levando seus ensinamentos e fazendo novos discípulos. E deu certo, afinal, mais de dois mil anos depois cá estamos nós discutindo e aprendendo sobre o estilo brilhante de liderança de Jesus Cristo.

Avaliação Crítica e Recomendação

            Recomendo a leitura desse livro, mais que isso, recomendo que essa obra literária esteja sempre à mão, como “livro de cabeceira”, dada a grande relevância dos ensinamentos de Jesus, tão bem descritos e mostrados pelo Dr. Youssef.
Citação do próprio, ainda nas páginas iniciais: “Se você anda “à procura da excelência”, no que se refere ao desenvolvimento das suas aptidões de liderança, olhe bem de perto para Jesus Cristo, O maior líder que já existiu.”.
Destaco ainda um comentário do Dr. John E. Haggai, na apresentação destra obra, que disse: “Asseguro que, qualquer que estude e aplique os princípios contidos neste livro, desenvolverá e aprimorará qualidades e técnicas do tipo de liderança que honra a Deus e é uma benção para pessoas de qualquer classe social, grau cultural e níveis de Inteligência.”.
Desejo uma boa leitura e que Deus te abençoe!


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Referências Bibliográficas:

YOUSSEF, Michael. O estilo de liderança de Jesus - Como desenvolver as qualidades de liderança do bom Pastor. 1.ed. Venda Nova, MG: Betânia, 1987.

Sobre o autor: “The Christian Post. Christianity in Today's America: Michael Youssef Biography”. Disponível em: <http://blogs.christianpost.com/christianity/author/michael-youssef/profile.htm>. Acesso em: 04 junho, 2012.

terça-feira, 27 de março de 2012

A Informática e o Estudo de Canto

       Um texto muito legal de Diana Goulart, relacionando os benefícios da informática, no estudo de Canto... Muito legal... Vale a leitura...
Abraços,
Anderson
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A Informática e o Estudo de Canto
Diana Goulart

Já estamos familiarizados com os computadores e achamos natural encontrá-los em todos os lugares - nos bancos, nas lojas, nos consultórios, nas bibliotecas, nas nossas casas. A maioria das escolas conta com laboratórios de informática. Os estúdios de gravação usam equipamento computadorizado. No entanto, pelo menos aqui em nosso país, pouquíssimos professores de música se deram conta do quanto eles e seus alunos podem se beneficiar com a incorporação desta tecnologia em suas aulas. Este artigo relata alguns aspectos da minha experiência com o uso de software musical na sala de aula de canto popular.
O que a Informática pode fazer pelo ensino de canto
Uma das vantagens da utilização da informática na aula é poder simular, nos exercícios e no repertório, o acompanhamento por uma “banda virtual”. Utilizo basicamente dois programas na sala de aula: o Band-in-a-Box, da PGMusic, e o Encore, da Gvox. O resultado é uma ferramenta de ensino/aprendizagem incrivelmente poderosa, que permite ao professor controlar e modificar, com uns poucos cliques do mouse, a tonalidade, o andamento, o gênero musical, a instrumentação do exercício.
Os vocalises
Todo professor de canto tem seu repertório de vocalises - pequenas frases musicais usadas para trabalhar diferentes aspectos técnicos da voz. São exercícios de técnica vocal que criamos e aperfeiçoamos constantemente. Quando acompanhamos o aluno tocando piano ou violão, ficamos limitados nos nossos movimentos, e não podemos dedicar cem por cento de nossa atenção a monitorar a sua execução. Precisamos mostrar ao aluno uma determinada postura corporal, ou verificar o seu comportamento respiratório, enfim, precisamos nos levantar, ter contato com o aluno. Uma opção interessante é fazer o exercício a capella; mas se usarmos sempre este recurso, vamos criar um distanciamento entre o treino e a realidade. Com o auxílio da nossa “banda virtual”, ficamos liberados para interagir livremente com o aluno. Isto é de particular importância quando damos aula de técnica vocal em grupo. É preciso ir até cada aluno, explicar/demonstrar o funcionamento do diafragma, fazer gestos que exemplifiquem as imagens mentais que sugerimos aos alunos.
Os programas usados permitem que se escreva uma melodia e/ou harmonia, especificando parâmetros como gênero (são centenas de estilos de jazz, bossa-nova, pop, etc), andamento, convenções como antecipações, viradas de bateria, instrumentação etc, facilitando a criação de exercícios personalizados por cada professor para cada aluno ou turma. É necessário apenas que se conheça notação musical, harmonia funcional (cifras, estrutura dos acordes, escalas) e que se saiba operar, a nível de usuário, com o computador e com os programas usados. Mas nunca é demais lembrar: é o professor quem determina (em função de um projeto pedagógico e/ou das espectativas e possibilidades dos alunos) os objetivos da aula, propõe uma estratégia para trabalhá-los, cria o material didático. O computador é um simples instrumento auxiliar, que contribui para dar uma forma especial aos conteúdos da aula.
Preparação do aluno para uma apresentação
Parodiando um conhecido técnico de futebol, aula é aula, show é show. Jamais aconselho - e quando posso interferir, não permito - que um cantor use num show acompanhamento gravado ou sequenciado para substituir a presença de instrumentista(s) tocando ao vivo. Mas na aula o objetivo é preparar o aluno para que ele desenvolva o seu instrumento vocal e tenha o melhor rendimento possível nos ensaios com os músicos que o acompanharão no show. Portanto, quanto mais a sua preparação fôr próxima à realidade musical que ele escolheu, mais proveitosos serão os ensaios e melhor o resultado final.
A sonoridade típica da música popular requer o uso de amplificação, tanto para a voz como para a maioria dos instrumentos. O treinamento feito com um piano e sem microfone prepara apenas parcialmente o aluno para a realidade musical que ele encontrará nos ensaios e nos shows com uma banda: é preciso, sim, ter um bom domínio da técnica vocal, mas também é fundamental conhecer os recursos do microfone, do reverber e da equalização. Isto é especialmente importante para o aluno que já tem algum tempo de estudo de técnica vocal. O iniciante tem que se familiarizar com a sua voz “natural”, para depois buscar uma identidade “microfônica”.
Outra vantagem é que o cantor ganha auto-confiança, pois quando chegar a ensaiar ao vivo, já terá eliminado boa parte das dúvidas musicais e técnicas inerentes ao aprendizado de uma peça. Ele também já terá uma noção clara do que quer em termos de arranjo, tonalidade, andamento, facilitando a comunicação e evitando aborrecimentos.
Alguns outros tópicos importantes:
  • Oferecer a possibilidade de se ter uma banda virtual disponível a qualquer tempo para estudo ou pesquisa - Geralmente o cantor precisa de um instrumentista que o acompanhe nas apresentações e durante os ensaios. Esta interação com outros músicos é frutífera, desejável e insubstituível; no entanto, se houver uma preparação prévia para os ensaios, estes encontros serão ainda mais proveitosos. Muitos dirão que o professor pode perfeitamente fazer isto, tocando piano ou violão para acompanhar o aluno nesta preparação para os ensaios. É claro que pode. Mas o professor de canto tem como função primordial assistir ao desempenho do aluno, demonstrar detalhes da emissão vocal, da postura corporal, etc; estas tarefas são difíceis de executar se ele estiver preso a um instrumento. Além disso, a sua atenção estará totalmente voltada para o aluno, em vez de dividida com o instrumento (principalmente se for preciso transpor para outra tonalidade na hora).
  • Treinamento sem constrangimento ou inibição causada pela presença de pessoas estranhas ao contexto da aula (pianista ensaiador)
  • Repetição exaustiva, em diversas tonalidades - como exercício ou para encontrar a melhor tonalidade para cada música
  • Facilidade de gravar a performance, possibilitando feed back imediato
  • Treinamento muito mais realista - a aula é uma espécie de simulador da situação real de show
Vejamos agora algumas das dificuldades mais frequentes na relação cantor/acompanhador, e que são minimizadas usando os recursos dos mencionados Band-in-a-Box e Encore:
  • Nem sempre o acompanhador está disponível na hora necessária, e nem sempre é possível dispor de verba suficiente para contratá-lo
  • Muitas vezes o cantor se sente constrangido ao expor para o "coach" as suas dificuldades vocais, dúvidas sobre "aquela" nota da melodia, problemas de afinação, emissão, etc que sempre estão presentes quando se começa a ensaiar uma peça
  • Frequentemente o cantor se inibe ou fica com medo de ser considerado "chato" ou "lento" para aprender, e por isso (talvez inconscientemente) não pede ao acompanhador para repetir um trecho tantas vezes quanto seria desejável
  • Depois de cantar a música algumas vezes, o cantor pode achar que seria bom fazê-lo em outra tonalidade; então tem que esperar o instrumentista transpor o arranjo, ou até mesmo pode enfrentar resistência dele.
  • Depois de bem aprendida uma peça musical, o cantor pode querer experimentar algumas variações ou improvisações rítmicas e melódicas; mas é comum que se sinta inibido pela presença de um outro músico, que poderia criticar suas idéias musicais
  • Em resumo, o(s) acompanhador(es) são percebidos - conscientemente ou não - como uma espécie de platéia altamente especializada, que está ali para assistir a um show e criticar. E - convenhamos - não é exatamente prazeroso para um instrumentista ficar repetindo exaustivamente um trecho de dois compassos até o cantor atingir a afinação precisa.
Podemos assim nos beneficiar do aspecto lúdico, sem perder o foco do que se deseja trabalhar - e é inegável que o prazer, a motivação, o entusiasmo, são aliados da aprendizagem. A ausência de crítica persecutória me parece ser uma das maiores vantagens da utilização do BB pelo aluno em sua própria casa. Poder errar sem se sentir "dando vexame", poder repetir um trecho ad nauseam sem aborrecer ninguém (por favor, não se esqueça de fechar bem a porta!). Poder experimentar tantas tonalidades quanto se deseja. Poder testar improvisações à vontade. Poder aprender a música num andamento bem lento e ir acelerando aos poucos. Poder tentar mudar o arranjo, o gênero, a instrumentação de cada música.
O papel do Professor
Uma questão que costuma surgir com frequência é: então, qual é o papel do professor nesta história toda, se "o computador faz tudo"?
Em primeiro lugar, o computador está MUITO longe de fazer tudo. Ele apenas executa tarefas específicas - quem diz o conteúdo, quem cria texto, música, imagem, somos nós os humanos.
Em segundo lugar: a liberdade total não facilita o aprendizado. Se um aluno não tiver limites (gradação, tarefas claras a cada momento, avaliação de cada passo, enfim, um acompanhamento do que está sendo assimilado) ele se perde num oceano de informação e possibilidades. Cabe a nós, professores, ajudá-los a se orientar no seu caminho de busca. Se eu simplesmente disser para o aluno: "Aqui está um lindo tema de Duke Ellington. Agora improvise", o resultado vai ser geralmente muito frustrante. O excesso de possibilidades confunde. Mas se eu disser: "vamos inventar um outro jeito de começar esta música, cantando uma melodia diferente da original nos quatro primeiros compassos", é mais provável que ele se sinta mais confortável para experimentar.
Uma série de atribuições pertencem somente ao professor, e nisto ele não pode ser substituído. Algumas delas são:
  • construir material didático original e motivador, que possibilite expandir o talento e a criatividade do aluno
  • sugerir e experimentar caminhos possíveis para a aprendizagem, explicitando os processos de aquisição do conhecimento
  • ensinar o aluno a usar as ferramentas tecnológicas disponíveis, agilizando o processo de aprendizagem
  • identificar pontos fracos, que precisem de treinamento específico, indicando exercícios e condutas adequadas
  • identificar pontos fortes que devem ser explorados para expandir os limites
  • avaliar, junto com o aluno, o quanto os seus objetivos estão sendo atingidos
O que a Informática NÃO pode fazer pelo ensino de canto
  • Criar a atmosfera de cooperação, o fluxo de energia criativa que acontece num show ao vivo, ou até mesmo num ensaio com músicos presentes
  • Substituir o convívio com outros músicos
  • Substituir o contato de aprendizagem com professores e colegas


Fonte: http://www.dianagoulart.com

quarta-feira, 14 de março de 2012

Porque se preocupar?

Recebi esse texto... Achei tão legal, que resolvi postar... Claro, dando os devidos créditos...
Leiam, vale a pena...

Porque se preocupar?

Preocupação é uma das coisas mais inúteis na terra. A preocupação muda apenas uma coisa – sua pressão arterial. Na Palavra, Jesus nos alerta a não andarmos preocupados sobre qualquer assunto da vida, e Ele define o que chamamos de vida. Ele diz, “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” (Mateus 6:25).

Nas nossas vidas tão ocupadas, nós vamos ao trabalho para comprar três coisas. Jesus as listou – o que comeremos, beberemos e vestiremos. Mas mesmo assim Jesus diz que a vida é mais importante do que a busca destas coisas. Em outras palavras, Ele tomou as nossas prioridades e as fez como se fossem nada.
Sua posição com relação a este assunto significa que Ele deve saber algo que nós não sabemos. Ele sabe que você precisa destas coisas, mas Ele não quer que você viva para elas.

Neste relato bíblico do livro de Mateus, Jesus continua com a instrução de olharmos para os pássaros. Este mandamento não faz sentido algum ao menos que entendamos a maneira pelo qual Jesus está pensando. Ele quer que vivamos como os pássaros – livre do estresse. Ele está dizendo que não importa o que você faça, você ainda precisará de comida, de vestimentas, e água para beber, mas preocupar-se com estas coisas não ajudará em conquistá-las. Ele afirma que os pássaros não semeiam nem colhem, nem guardam nada (Mateus 6:26). Pássaros não fazem isto porque eles não foram criados para fazer. Talvez, se nós os que cremos em Deus parássemos de fazer o que não fomos chamados para fazer, então Deus poderia fazer algumas coisas que Ele quer fazer.

Uma das coisas que você não deveria estar fazendo é se preocupando. Deus talvez não esteja fazendo algo em sua vida porque sua preocupação é uma barreira para o progresso. Aparentemente, preocupação bloqueia o suprimento. De acordo com jesus, a razão pelo qual os pássaros não fazem outras coisas (semear, colher, e armazenar) é porque Deus está livremente suprindo para eles. A afirmação de Jesus também demonstra que não é o trabalho que te faz rico. Os pássaros não semeiam nem colhem; mas mesmo assim eles podem pousar em qualquer lugar e estar em qualquer árvore. Eles podem comer qualquer coisa à qualquer momento. Talvez você tenha que avaliar suas atividades para ter a certeza de que você não está fazendo o que você não deva estar fazendo. Seu comportamento pode estar bloqueando o que você deve ter. Deus deseja que você esteja na posição correta para acessar Sua provisão.

Cristo nos alerta para lançarmos sobre ele toda ansiedade, toda preocupação porque Ele é aquele que cuida de nós (1 Pedro 5:7). Jesus nos diz que nossa preocupação é fútil. Ele afirma, “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” (Mateus 6:27). Não importa o que você faça, você ainda tem 24 horas. Ainda que você decida usar suas horas para a depressão, para chorar ou reclamar, tempo ainda está sendo usado. Preocupação não adiciona nada à sua vida; ela toma da sua vida.

Por Myles Munroe

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

No princípio criou DEUS os céus e a terra... E a música?

Essa é minha primeira postagem, bom a ideia desse blog é antiga (uns 3 ou 4 anos), mas sempre faltava (faltava?) tempo pra dar início a esse projeto... Bom, o tempo ainda continua escasso, mas achei que já estava passando da hora de dar vida a esse projeto...

A ideia do blog, como o nome sugere é falar sobre música e suas vertentes, mas não pretendo me prender a isso... se der vontade de escrever sobre outro assunto que achar relevante, interessante ou coisa que o valha, escreverei (sem preconceito)... Mas a lance principal é a música... Cantada, tocada, sentida, vivida... A música...

Quando comecei a pensar em um primeiro texto, pra dar início ao blog, logo me veio o título "No princípio criou DEUS os céus e a terra... E a música?", queria chamar atenção para essa arte (ciência) maravilhosa a música, seja como for: cantada, tocada, ouvida etc...

A música pode ser definida? Segundo Maria Luisa de Mattos Priolli "Musica é a arte dos sons, combinados de acordo com as variações da altura, proporcionados segundo a sua duração e ordenados sob as leis da estética.", mas será só isso? Uma definição, por mais completa que seja é incapaz de contemplar em toda sua plenitude a música, como arte, ciência, filosofia de vida, ela simples é...

Que outra arte ou ciência é tão poderosa como a música? Ela tem o poder de nos transportar de um lugar ao outro, tem o poder de curar, tem o poder de os males espantar (lembra do velho ditado, quem canta seus males espanta?), é uma ferramenta muitíssimo poderosa e se bem usada pode realizar feitos insondáveis...

No título desse texto, fiz uma relação com o princípio de tudo e a música, qual seria a relação de Deus com a música? Penso que a música já existia antes de tudo que conhecemos, a bíblia está repleta de exemplos sobre a grande relação de Deus com a música, Deus é musical e talvez seja essa a explicação para ser essa arte tão maravilhosamente sublime...

Por mais que tentasse (e quem sou para isso?), seria impossível em um texto de algumas linhas, expressar ou sequer esboçar algo que fosse capaz de definir por completo a música, então paro por aqui...

Não sei quando conseguirei escrever novamente, mas sempre que possível postarei algo por aqui...

Que Deus nos abençoe e que viva a música...

Anderson F Pinto