Queridos leitores, tive a doce missão de fazer uma resenha sobre o livro "O ESTILO DE LIDERANÇA DE JESUS" do Dr. Michael Youssef, e gostei tanto que resolvi publicar aqui no blog e compartilhar com vocês. Espero que gostem da resenha e que tenham vontade de ler o livro.
No amor de Jesus Cristo, o maior líder que já existiu, seu amigo Anderson F Pinto.
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FABAT – FACULDADE BATISTA DO RIO DE
JANEIRO
RESENHA RESUMO DE OBRA LITERÁRIA
Trabalho
apresentado como requisito parcial da disciplina Culto Cristão I, sob a
orientação da professora Westh Ney Rodrigues Luz.
Rio
de janeiro, junho de 2012.
Características
Título do Livro:
O ESTILO DE LIDERANÇA DE JESUS – Como
desenvolver as qualidades de liderança do bom Pastor
Autor: Michael
Youssef
Editora: Betânia
Paginas: 168
Formato: 13,5 x
21
Sobre o Autor
Michael
Youssef é fundador e presidente da "Leading The Way with Dr. Michael
Youssef" (Conduzindo o caminho com o Dr. Michael Youssef), um ministério
mundial que busca mostrar o caminho da luz de Cristo, para as pessoas que vivem
na escuridão espiritual, através do uso criativo da mídia e no campo com equipes
de ministério. Seus programas de televisão semanais e programas de rádio
diários são transmitidos em 20 línguas e visto em mais de 200 países. Ele
também é o pastor fundador da Igreja dos Apóstolos em Atlanta, Geórgia.
Dr.
Youssef nasceu no Egito, viveu no Líbano e na Austrália antes de ir para os
Estados Unidos. Em 1984, ele realizou o sonho de infância de se tornar um cidadão
americano. Ele é formado pelo Moore Theological College, em Sydney, Austrália, fez
mestrado no Fuller Theological Seminary, na Califórnia. Também em 1984, obteve
o título de Ph.D. em antropologia social pela Emory University. Ele é autor de
mais de 20 livros, incluindo o mais recente, "A grande mentira". Ele e sua esposa
residem em Atlanta e tem quatro filhos e três netos.
Sinopse e Apresentação
“A
igreja hoje corre sérios riscos ao olhar para o mundo em busca de modelos de
liderança. Modelos onde imperam o abuso de poder e a manipulação.” (Paul G.
Hiebert).
Os
líderes sejam eles pastores, ministros, educadores religiosos ou até mesmo
líderes seculares, podem
aprender através de Jesus, a como cuidar melhor do seu rebanho, de seus liderados.
Partindo de estudos e exemplos dos evangelhos bíblicos, o autor, trás o maior e
melhor modelo de liderança, Jesus Cristo, mostrando características que todo
líder que deseja ser bem sucedido, precisa ter, além de mostrar como devem se
comportar diante de situações tão comuns, como a solidão, o ego, as pressões,
as tentações e também a hora de eleger um novo líder.
O livro é dividido em cinco partes, são elas:
Origens da liderança, Qualidades da liderança, Tentações da liderança,
Problemas da liderança e O futuro da liderança.
Resumo dos Capítulos I, III e XVIII
Capítulo I – A Necessidade de Confirmação
A
primeira parte, Origens da Liderança, traz dois capítulos, falarei um pouco
sobre o capítulo I, que traz como título “A Necessidade de Confirmação”. Nesse
capitulo, o autor destaca a necessidade de confirmação acerca de uma liderança,
“muita gente afirma ser isto ou aquilo”, mas “é preciso prová-lo”.
Usando o exemplo de Jesus, o autor
destaca que ele precisou “comprovar sua condição antes que outros o seguissem”.
O autor diz que “depois que alguns o reconheceram... passaram a testemunhar e a
confirmar sua messianidade.”.
Para exemplificar essa necessidade
de confirmação, levantada pelo autor, ele destaca situações descritas nos
evangelhos que testemunham e confirmam a liderança de Jesus Cristo. São ao todo
sete testemunhas, que destaco em negrito, vejamos: O Pai, o evangelho de
João nos diz “O Pai que me enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim”
(João 5.37), em Mateus lemos “Este é meu filho amado em quem me comprazo”
(Mateus 3.16 e 17). “Cristo não se autoproclamou líder. Sua liderança teve
início com a mais importante das testemunhas – mas não foi só isso.”. João
Batista cumpre dupla função, a de preceder Jesus Cristo preparando seu
caminho e “confirmar ao mundo a identidade de Jesus Cristo”. No evangelho
segundo escreveu João, encontramos a seguinte declaração: “Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo!” (João 1.29). O Próprio Cristo usa a si
mesmo como testemunha, no evangelho escrito por João encontramos vários textos
que deixam isso claro para nós, “Mas eu tenho maior testemunho do que o de
João”. (João 5.36), “Eu e o Pai somos um” (João 10.30), “pois sendo tu homem,
te fazes Deus a ti mesmo” (João 10. 33). Mais tarde ele disse também que, se as
pessoas o tivessem visto, teriam visto o Pai também (João 14.7). O Espírito Santo,
os evangelhos escritos a cerca de Jesus dizem que “a presença do Espírito Santo
deu a Jesus autoridade para falar e realizar milagres” (Mateus 7.22.29; Marcos
1. 22,27; Lucas 4.36). As Escrituras, “o antigo testamento confirma o
ministério de Jesus. Profetas anunciaram sua vinda, seu ministério e morte”. O
próprio Jesus disse aos líderes judeus que o contestavam: “Examinais as
Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que
testificam de mim. Contudo não quereis vir a mim para terdes vida”. (João
5.39,40). Milagres, O ministério de Jesus se autoconfirmou através dos
milagres que realizou. O Evangelho de João se refere a eles como “sinais”. É
importante destacar que embora os tenha realizado, para fins e propósitos
específicos, os milagres não conferiam a ele um ar exibicionista, pois em
muitas situações recomendava aos “curados” que nada dissessem aos outros. Jesus
disse: “Eu não aceito glória que vem dos homens” (João 5.41). E por fim, os
Discípulos. Eles “acompanharam Jesus durante todo seu ministério na terra.
Viram o que ele fazia, ouviram seus ensinamentos e creram nele”. Pedro, disse: “Tu
tens as palavras da vida eterna” (João 6.68).
Finalizando o capítulo I, ao autor
faz uma explanação de como são os líderes atuais e os compara ao estilo de
liderança de Jesus. Ele cita: “Nós, líderes de hoje, certamente não lideramos
com as mesmas qualificações excepcionais de Jesus Cristo”. Mas ressalva que
podemos aprender os seus princípios e aplica-los hoje. Os líderes que se
levantam em nossas igrejas precisam ser confirmados, pelos membros, pelo conselho,
pelo pastor, mas também precisa ser confirmado pelos de fora, como pelo
seminário ou escola onde esse líder deverá ser formado, pelos concílios
pastorais e ministeriais e por pessoas que de alguma forma possam endossar essa
liderança. “A necessidade de confirmação é um requisito indispensável a
qualquer tipo de liderança. Nos negócios, na igreja, em casa, ou em qualquer
outro ambiente, as pessoas precisam conquistar o direito de liderar.”.
Capítulo III – O Líder como Pastor
O capítulo três é iniciado por uma
história muito interessante, o autor conta a respeito de um grande executivo,
diretor de uma importante instituição bancária e como ele lida com os
funcionários no dia a dia. Ele os conhece pelo nome, não apenas pelo nome, mas
os conhece como pessoa. Após o almoço, saindo do refeitório dos executivos, ele
cumprimenta a recepcionista e pergunta por seu marido, sabendo ele que o marido
estava enfermo, no elevador conversa com outros funcionários, também os chamando
pelo nome e perguntando por suas famílias. Ele concluí, dizendo que esse líder
lembra a figura do “bom pastor”, destacada por Jesus em João: “Eu sou o bom
pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai
me conhece a mim e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas” (João
10.14-15).
No decorrer do capitulo, o autor nos
conta um nova história, agora com sentido totalmente oposto. Ele estava
visitando uma igreja e ao final do culto foi convidado pelo pastor, para junto
com ele, estar à porta para despedir os irmãos. O pastor, sorridente, saudava a
cada irmão que passava por ele com um cordial “como tem passado?”, porém antes
mesmo que alguém tivesse tempo de responder ele já concluía dizendo “Ah, muito
bem” já estendendo a mão para o próximo da fila. Logo, passava pelo pastor uma
senhora baixinha de fisionomia bastante triste, que respondeu a saudação “padrão”
do pastor em voz bem baixinha dizendo que naquela semana seu marido havia
passado mal, teria sido levado de ambulância para o hospital e que ainda estava
na UTI. Porém o pastor, com a mesma frieza e alegria respondeu: “Sim, é muito
bom vê-la aqui esta manhã”. O autor conta que não sabia o que fazer, tentou
concertar perguntando aquela senhora qual era o nome do marido e dizendo que
estaria orando por ele pelos próximos dias. Ele diz que foi embora com uma
impressão muito diferente da que tinha em relação ao banqueiro. Mais uma vez, a
importância de que o pastor (líder) conheça suas ovelhas (liderados) é
levantada pelo autor.
“Quando Jesus falou sobre seu
relacionamento com suas ovelhas, deu a impressão de saber muito mais do que os
seus nomes. Para Jesus, conhecê-las significa amá-las.” O estilo de Jesus é
conhecer intimamente suas ovelhas. “Líderes que só se preocupam com
estatísticas nem chegam perto do estilo de liderança de Jesus.” “Ele é o Bom
Pastor. Amar as ovelhas é o seu estilo.”.
Como conteúdo prático, destaco duas frases
chaves, que por si só resumiriam todo o capítulo três, são: BONS PASTORES
CONHECEM SUAS OVELHAS; BONS LÍDERES CONHECEM SEUS SEGUIDORES.
Capítulo XVIII – Transformando Seguidores em Líderes
A última parte do livro trata do
futuro da liderança, no capítulo dezoito o autor nos alerta para a necessidade
do líder, formar sucessores competentes e capazes de dar continuidade ao
trabalho.
Jesus, ao fim de seu ministério,
preocupou-se em alertar seus discípulos sobre sua breve partida, relembrando
seus ensinamentos e dando toques do que haveriam de enfrentar no futuro. Muito
do que ele disse, só pôde ser compreendido por seus discípulos após sua
partida. Um dos princípios básicos que Jesus nos mostra é que “O LÍDER TREINA
OUTROS, QUE SE TORNAM LÍDERES, QUE, POR SUA VEZ, TREINAM OUTROS.”.
Precisamos
entender que não viveremos para sempre, por tanto, um bom líder também é aquele
que prepara novos líderes, que darão continuidade ao trabalho. E esses, não
apenas farão bem como seu mestre ensinou, mas às vezes até superarão seus
líderes. Jesus sabia disso e assim trabalhou com seus discípulos; no evangelho
segundo escreveu João lemos: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê
em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou
para junto do Pai.” (João 14.12.).
Esse
princípio é bíblico, nos lembra o autor, ele cita os exemplos de Josué, que
aprendeu com Moisés e quando esse morreu, liderou o povo em seu lugar. Elias
foi outro que soube preparar sucessor, quando foi elevado ao céu, Eliseu
tornou-se o principal profeta em Israel. Também Paulo, tinha essa preocupação em treinar outros e fazer discípulos; em várias de suas viagens missionárias
levava consigo alguns dos convertidos, que dizia, “seriam úteis em seu
ministério”, como João Marcos, Timóteo, Priscila e Áquila (Atos 18.2,26) que
mais tarde também discipularam Apolo (Atos 18.24-26).
Este
é o ponto alto: "ensinar os liderados de modo que, a seu tempo, eles
possam também ensinar a outros." Paulo escreveu a Timóteo: “E o que de
minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a
homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Timóteo 2.2). "É
assim também que a liderança deveria ser transmitida nos negócios, na igreja e
na família.".
Outro
ponto bastante relevante do capítulo, são os métodos para a preparação de
líderes usados por Jesus, um deles diz respeito ao ensino através do exemplo. O
autor nos alerta para o fato de que “Os estudantes absorvem, no mínimo, tanto
do caráter e estilo de vida dos seus professores quanto das suas palavras.”,
muitos educadores inclusive defendem a ideia de que a pessoa do educador comunica
muito mais do que qualquer ensinamento que esse transmita. O autor usa um
exemplo que julgo bastante relevante, ele diz: “a verdade é a verdade,
independente de quem a diz. Mas a verdade vem vestida com a personalidade do
mensageiro.”, o que somos e fazemos, fala muito mais do que nosso discurso. Uma dica
prática do autor é: “Lealdade e sinceridade são qualidades básicas para quem
deseja ser exemplo para futuros líderes.”.
Por
fim, ele conclui o capítulo e consequentemente o livro, enfatizando a
necessidade de instruir os outros, fazendo que se tornem líderes e trenem
outros que por sua vez também se tornarão líderes, usando mais uma vez o
exemplo de Jesus, que multiplicou por doze sua capacidade, treinando discípulos,
que mais tarde dariam continuidade ao seu ministério, levando seus ensinamentos
e fazendo novos discípulos. E deu certo, afinal, mais de dois mil anos depois
cá estamos nós discutindo e aprendendo sobre o estilo brilhante de liderança de
Jesus Cristo.
Avaliação Crítica e Recomendação
Recomendo a leitura desse livro,
mais que isso, recomendo que essa obra literária esteja sempre à mão, como
“livro de cabeceira”, dada a grande relevância dos ensinamentos de Jesus, tão
bem descritos e mostrados pelo Dr. Youssef.
Citação
do próprio, ainda nas páginas iniciais: “Se você anda “à procura da excelência”, no que se refere ao
desenvolvimento das suas aptidões de liderança, olhe bem de perto para Jesus
Cristo, O maior líder que já existiu.”.
Destaco
ainda um comentário do Dr. John
E. Haggai, na apresentação destra obra, que disse: “Asseguro que, qualquer que
estude e aplique os princípios contidos neste livro, desenvolverá e aprimorará
qualidades e técnicas do tipo de liderança que honra a Deus e é uma benção para
pessoas de qualquer classe social, grau cultural e níveis de Inteligência.”.
Desejo uma boa leitura e que Deus te abençoe!
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Referências
Bibliográficas:
YOUSSEF,
Michael. O estilo de liderança de Jesus -
Como desenvolver as qualidades de
liderança do bom Pastor. 1.ed. Venda Nova, MG: Betânia, 1987.
Sobre o autor: “The Christian Post. Christianity in Today's America: Michael Youssef
Biography”. Disponível
em:
<http://blogs.christianpost.com/christianity/author/michael-youssef/profile.htm>.
Acesso em: 04 junho, 2012.